No passado fui permanente,
mas fui passada para trás...
Por isso decidi ser passageira,
e não me apegar mais.
Segui meu caminho...
passageira...
Como quem sai de viagem
apenas apreciando a paisagem.
Parando,
curtindo,
experimentando,
e partindo...
Passageira...
Quando gostava muito de algum lugar,
Sentia a necessidade de partir
só pelo medo de desejar ficar.
Fugindo do amor...
Como quem pega o trem da vida clandestinamente...
E tem que pular de vagão em vagão
tentando fugir do bilheteiro...
E fiz do meu presente,
sempre passageiro...
Denominando meu medo
de auto domínio, auto confiança...
Sem apego,
sem parada,
sem destino,
sem aliança...
Hoje, traída pelo meu próprio desejo,
Tenho um coração que apenas obedece ao que sente...
Já não ouve mais a minha razão
e insiste em fazer de mim permanente.
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