A poesia dos Deuses inferiores
Quebrou as correntes da nossa ignorância!
Não queremos mais feitores!
Guarde para si a sua arrogância,
Somos livres agora!
Irmãos guerreiros de Angola
Nesse quilombo chamado Periferia!
Quem diria?...
É o milagre da poesia,
Recrutando homens de casas simples
E de almas bravias
A vigiar a paz
Noite e dia
Para que não haja mais guerra.
Graças a um anjo torto
Aprendemos a caminhar com o sorriso no rosto,
E com os punhos cerrados!
E agora Estado,
Eis o nosso espírito!
O estado em que nos colocou...
Somos a Periferia unida
Pelo amor, pela dor e pela cor...
Agora,
Somos rocha,
Onde a vida queria grão de areia,
As flores que brotaram no lixão...
O fruto de um jardineiro louco, desacreditado
Que dispensou a nós toda a sua dedicação.
E agora Estado,
Depois de nos dar migalhas
Quer comer do nosso pão?
Nos botecos de esquinas,
A vida não acontece por decreto
E a Arte que liberta
Quebrou as correntes da nossa ignorância!
Não queremos mais feitores!
Guarde para si a sua arrogância,
Somos livres agora!
Irmãos guerreiros de Angola
Nesse quilombo chamado Periferia!
Quem diria?...
É o milagre da poesia,
Recrutando homens de casas simples
E de almas bravias
A vigiar a paz
Noite e dia
Para que não haja mais guerra.
Graças a um anjo torto
Aprendemos a caminhar com o sorriso no rosto,
E com os punhos cerrados!
E agora Estado,
Eis o nosso espírito!
O estado em que nos colocou...
Somos a Periferia unida
Pelo amor, pela dor e pela cor...
Agora,
Somos rocha,
Onde a vida queria grão de areia,
As flores que brotaram no lixão...
O fruto de um jardineiro louco, desacreditado
Que dispensou a nós toda a sua dedicação.
E agora Estado,
Depois de nos dar migalhas
Quer comer do nosso pão?
Nos botecos de esquinas,
A vida não acontece por decreto
E a Arte que liberta
Não pode vir da mão que escraviza...
O sonho socializado
Se tornou real
E no sonho,
O dinheiro foi morto no combate com o amor.
O sonho socializado
Se tornou real
E no sonho,
O dinheiro foi morto no combate com o amor.
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