30 de jul. de 2009

Madrugada


No delírio da madrugada,
Trago em minha face orvalhada
A dor de mais uma paixão...
Que antes de florescer
Morreu ainda em botão.

Sou mesmo assim;
Sentida,
Derramada do inicio ao fim...
Não me importo em chorar.
A dor sempre traz consigo
A lição para um novo amar.

Sou mesmo assim;
E pelos olhos hei de derramar
Tudo o que por ventura
De ti ainda restar...

Depois, nova, revigorada!
Sei que vou me levantar...
É pra isso que serve o choro:
Águas, para os resíduos lavar...

E como não sou de rastejar,
Amanhã a madrugada apenas servirá
Para me inspirar um novo sonhar
.

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