25 de set. de 2009

Poema sem nome

Quando abri os meus olhos,
Era noite...
E a dor se debruçava sobre as minhas retinas cansadas.
Deixei sua claridade invadir minha alma
Como gritos de festa...
Cravando os seus punhais de luz,
Como as clareiras rasgam lâminas de luz
No corpo da floresta.
Senti nos profundos mistérios do meu ser,
Um estranho rumor de asas ruflando
Que brotava na sombra da sua luz
E me rasgava o chão.
E vi minha alma ganhando o céu...
Nas asas da imaginação.
Minha alma fugiu!
Pobre alma sonhadora...
Fugiu como foge sempre ante a luz do seu olhar...
Na ilusão de subir... e não precisar pousar jamais!
Mas pousou...
Solitária e estática em uma catedral vazia
Onde agora, só ecoa a luz mortiça dos vitrais.

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