6 de jul. de 2012

Soneto à prostituta

Enquanto o povo apontava e escarnecia,

A chamavam de puta, vaca, vadia...

Porque ganhava sua vida na cama,

Ela não se importava com a fama.


Era forte e vestia-se com ousadia,

Não se achava diferente e nem vazia.

Apenas uma mulher cheia de chama;

Do tipo que sofre, que luta, que ama...


Normal, mas doutorada em sedução.

Mais do que uma típica mulher fatal,

O equilíbrio entre a razão e a emoção.


Para os homens, não só uma profissional,

Era uma mulher que trazia a alusão

De ser a cura para todo o mal.

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